Babilônia (Cidade)

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Uma antiga cidade-estado situada em ambas as margens do rio Eufra­tes na terra de Sinar (mais tarde chamada de Caldéia), aprox. 65-80 quilômetros ao sul da atual Bagdá, e 480 quilômetros ao norte do Golfo Pérsico. Seu nome foi derivado do acádio babilu – “porta de Deus”. Ela, por fim, tornou-se a capital do Império Babilônico, e o nome foi usado no AT para designar tanto a cidade quanto o país.

Os primórdios da cidade não são claros, com exceção da passagem bíblica que atribui a fundação da Babilônia aos descendentes de Cuxe e aos seguidores de Ninrode (Gn 10.8­ 10). De acordo com a tradição grega, Belus (o babilônio Bel ou Merodaque) foi o seu fun­dador. Escavações arqueológicas revelaram a presença de uma cultura suméria dentro e ao redor da Babilónia que precede a civiliza­ção acádio-semita.

Descrição

Muitos escritores antigos relata­ram o tamanho, o esplendor, e a importân­cia da Babilônia. Embora exista uma certa divergência em relação ao verdadeiro tama­nho da cidade, todos estão de acordo quanto à sua magnitude e influência. Como as pedras eram escassas na área, e a qualida­de da madeira (em grande parte, palmei­ras) era inferior, a cidade foi construída com tijolos feitos de depósitos de barro de suas vizinhanças (cf. Gn 11.3, “E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume, por cal”).

Heródoto, o historiador grego que visitou Babilônia depois da conquista de Ciro, enquanto ela ainda preservava grande parte de seu esplendor original, relatou que a cidade era um enorme quadrado cujo perímetro che­gava a 90 quilômetros. Ele também se refe­riu ao enorme fosso que circundava os mu­ros duplos da cidade. Esses muros eram muito altos, e muito largos (cf. Jr 51.58). No alto dos muros havia câmaras, uma de frente para a outra, com um espaço entre elas que permitia que uma carruagem de quatro cavalos desse a volta e mudasse de direção. Os portões – em um total de 100, sendo 25 de cada lado, todos com portas chapeadas de bronze – atravessavam os muros da cidade (cf. Is 45,2). As ruas da ci­dade eram dispostas de forma regular tão simétrica quanto um moderno projeto norte-americano de desenvolvimento. Casas de três e quatro andares delineavam as ruas planejadas. As duas metades da cidade eram ligadas por uma ponte constituída com pilastras de pedra cobertas com plataformas móveis de madeira. Majestosos paláci­os, fortemente vigiados, ficavam nas duas extremidades da ponte, e um túnel sob o rio ligava os palácios.

Uma outra estrutura famosa na cidade era o templo de Belus, descrito por Heródoto como ocupando uma das praças que dividi­am a cidade. Esse templo foi muito amplia­ do e embelezado por Nabucodonosor. Berosso, o historiador babilônico nos dias de Ale­xandre, escreveu a sua história da Babilóônia a partir das inscrições dos muros do tem­plo. A torre-templo ou zigurate era dedicada a propósitos astronômicos, pelos quais os babilônios eram famosos. O primeiro eclip­se solar registrado foi observado com preci­são na Babilônia em 721 a.C.

O palácio de Nabucodonosor também ador­nava a cidade da Babilônia, assim como os Jardins Suspensos. Diziam que ele fôra construído por Nabucodonosor para agradar sua esposa Àmytis, que sentia uma forte sau­dade das colinas e bosques de sua terra na­ tal. Esses jardins foram considerados uma das sete maravilhas do mundo antigo.

A famosa Avenida Processional ia da Porta de Istar até o templo de Istar (esta deusa era comparável a Astarote do AT), e até o templo de Esagila. Os dois lados da rua eram alinha­dos com leões em tamanho real, e dragões em relevo pintados em tijolos esmaltados.

Governadores

O primeiro governador fa­moso da Babilônia foi o amorreu Hamura­bi (aprox. 1728-1686 a.C.), o sexto rei da poderosa “Primeira Dinastia da Babilônia”. Especialmente conhecido pelo código de leis que leva o seu nome, ele também estendeu as fronteiras de seu império até Mari, no Norte, Um repentino ataque heteu pôs fim a essa dinastia logo depois de 1.600 a.C. Os cassitas do nordeste ocuparam o país por vários séculos, governando de Dur Kurigalzu (a moderna ‘Aqarquf), alguns quilômetros a oeste de Bagdá. Desde a épo­ca em que Tukulti-Ninurta I (1235-1198 a.C.) aprisionou a Babilônia, ela esteve pe­riodicamente sob o domínio dos assírios, até a morte de Assurbanipal no final do século VII a.C. Em 626 a.C., Nabopolassar declarou-se rei da cidade e esta, dominada por seu filho Nabucodonosor II (605-562 a.C,), alcançou seu apogeu mais glorioso. Merodaque ou Marduque, suposta divinda­ de protetora da cidade, tomou-se, com o gradual crescimento da Babilônia e sua su­premacia na região, a divindade chefe do panteão babilónico. No AT, Marduque é chamado de “Bel”. Ele é retratado simboli­camente em monumentos como um dragão flamejante.

Estudos em Daniel

Profeta Daniel

Daniel (em hebraico: דָּנִיֵּאל Dāniyyēl; em grego: Δανιήλ Daniḗl), também chamado de Beltessazar (em acádio: 𒊩𒆪𒈗𒋀 Beltu-šar-uṣur). O nome Daniel significa “Aquele que é julgado

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