Guia de estudo Daniel 1 – De Jerusalém para Babilônia
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Tópicos do estudo:
O contexto do livro de Daniel
AUTOR: DANIEL (Deus é meu juiz)
DATA: 605 (a.c)
CONTEXTO: O livro de Daniel contém o registro de alguns incidentes históricos da vida do profeta e de seus 3 amigos, exilados judeus a serviço do governo babilônico; apresenta também um registro do sonho profético do rei Nabucodonosor, interpretado por Daniel, juntamente com os registros de visões que o próprio profeta recebeu.
O livro de Daniel pode ser considerado uma obra sobre história e profecia. A profecia preditiva é uma visão antecipada da história; e a história é o cumprimento da profecia. As quatro principais profecias de Daniel apresentam de forma resumida as experiências do povo de Deus desde os dias de Daniel até o fim dos tempos.
Esboço do livro
- A instrução de Daniel e de seus companheiros (cap. 1)
- O sonho de Nabucodonosor da grande imagem (cap. 2)
- Os amigos de Daniel são provados na fornalha ardente (cap. 3)
- O segundo sonho de Nabucodonosor e a primeira mensagem profética (cap. 4)
- O banquete de Belsazar e a queda de Babilônia (cap. 5)
- Daniel é provado da cova dos Leões (cap. 6)
- Segunda mensagem profética de Daniel (cap.7)
- Terceira mensagem profética de Daniel (cap. 8 – 9.27)
- Quarta mensagem profética de Daniel (cap. 10 – 12)
Quem foi Daniel?
- Judeu, levado cativo para Babilônia em 605 a.C. (Dn 1.1);
- Um jovem (cerca de 17/18 anos) de boa aparência, instruído e sábio (Dn 1.4);
- Caráter forte, determinado (Dn 1.8);
- Gentil e cordial (Dn 1.12);
- Profeta de Deus (Dn 1.17; Mt 24.15);
- Um excelente administrador e conselheiro (Dn 1.21);
- Muito sábio (Ez 28.3);
- Justo, no sentido de santidade (Ez 14.4);
Esboço do capitulo 1
- CUMPRIMENTO PROFÉTICO (CATIVEIRO BABILÔNICO)
- A PERMISSÃO DE DEUS
- A INTERPRETAÇÃO BABILÔNICA
- DANIEL E SEUS AMIGOS NO CATIVEIRO
- A POSTURA DOS BABILÔNICOS COM DANIEL E SEUS AMIGOS
- A POSTURA DE DANIEL E SEUS AMIGOS COM OS BABILÔNICOS
- A GRAÇA DE DEUS NO CATIVEIRO
Cumprimento profético (cativeiro babilônico)
E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoiaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.
Daniel 1:2
O texto revela que quem está por trás do cativeiro babilônico do povo judeu é o próprio Deus. É ele quem entrega o Seu povo e os utensílios do Seu templo, por conta da quebra da aliança de Israel.
Ref.
Dt 28.15;36; Jr 24.9; Jr 25; Hc 1.5-11
A terra de Sinar ou Sinear faz um eco ao episódio de Gênesis 11, onde Deus confundiu a língua dos homens porque estes se opunham a Deus. Ali Deus espalhou o povo de Babilônia, porém nesta narrativa, aparentemente Babilônia venceu o povo de Deus.
Ref.
Gn 11
O fato de duas vezes ser repetido a frase “para a casa do seu deus” enfatiza a visão dos babilônicos, de que o deus deles, havia vencido o Deus dos hebreus
Ref.
Hc 1.11
Daniel e seus amigos no cativeiro
E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real e dos príncipes, para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus.
Daniel 1:3,4
Daniel e seus amigos eram nobres de Judá, possivelmente faziam parte da descendência dos reis de Judá. Na história de Ezequias, rei de Judá é feita a profecia de que sua descendência seria levada em cativeiro.
Ref.
Is 39.7
Esta é a primeira tentativa de Babilônia de apagar destes jovens Hebreus o conhecimento e o testemunho do Deus verdadeiro. Nabucodonosor ordena que estes jovens sejam “doutrinados” na cultura e conhecimento de Babilônia. O objetivo era converter estes jovens à cultura e religião de Babilônia. Em Gênesis Abraão foi retirado de Babilônia para servir ao Deus verdadeiro em Canaã, Daniel e seus amigos são retirados de Canaã para servirem ao rei (representação do deus) em Babilônia.
Ref.
Gn 12
E o rei lhes determinou a porção diária, das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, para que no fim destes pudessem estar diante do rei.
Daniel 1:5
Esta é a segunda tentativa de suplantar a religião dos Hebreus. O rei determina qual é o estilo de vida que deve ser adotado por Daniel e seus amigos, na religião bíblica, quem determina o que devemos comer ou beber é Deus. Mas aqui Nabucodonosor assume o lugar de Deus e quer determinar o que os jovens hebreus hão de se alimentar.
Ref.
Gn 1 .29; 3.18; Gn 9.3-4; Lv 11; 1Co 10.31
E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias o de Sadraque, e a Misael o de Mesaque, e a Azarias o de Abednego.
Daniel 1:7
Esta é a terceira tentativa de suplantar a religião dos Hebreus. Todos os nomes dos jovens Hebreus exaltam os atributos de Deus:
Daniel – Deus é meu Juiz
Hananias – graça de Deus
Misael – quem é como Deus?
Azarias – YHWH (nome de Deus em hebraico) ajudou
A mando do rei o tutor dos jovens em Babilônia muda o seus nomes para exaltar as divindades babilônicas.
Beltessazar (Daniel) – que Bel (Marduque) proteja sua vida
Sadraque (Ananias) – ordem de Aku
Mesaque (Misael) – quem é semelhante a Aku?
Abedenego (Azarias) – servo de Nego (Nabu)
Uma vez que o nome no Oriente até os dias de hoje tem forte ligação com o caráter desempenhado pelas pessoas, essa é uma clara tentativa de apagar a imagem do Deus verdadeiro na vida destes jovens.
E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.
Daniel 1:8,9
Em resposta a todas as tentativas de Babilônia de converter estes jovens Hebreus a sua religião, Daniel propôs em seu coração (convicção) em não se contaminar com as iguarias do rei. Esta é a primeira demonstração de Daniel em não se conformar com aquilo que lhe era imposto, sobre as ordenanças de seu Deus, Daniel estava resoluto em continuar fiel a Deus, mesmo em Babilônia.
O fato de não se contaminar com o alimento do rei, implica que estes alimentos, faziam parte dos alimentos proibidos por Deus em Levítico 11, o qual o consumo lhe tornaria impuro, contaminado.
Ao confrontar a ordem do rei para permanecer fiel a Deus, vemos Deus agindo em favor de Daniel, dando–lhe graça e misericórdia. Que Deus maravilhoso.
Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e que se nos dêem legumes a comer, e água a beber.
Daniel 1:12
O servo do rei estava correndo risco de vida caso desobedecesse a ordem de seu senhor, mesmo assim, Daniel com sabedoria, pediu que sua alimentação e de seus amigos fosse estritamente vegetariana, seguindo assim a orientação de Deus como a alimentação ideal para toda a humanidade, conforme Gn 1.29. Desta maneira Daniel tinha a plena certeza de que sua saúde seria vigorosa, uma vez que a recomendação era do próprio Deus.
Optando por esta alimentação Daniel lidava com duas questões de uma só vez, não se contaminar com as iguarias do rei e manter uma boa saúde física e mental enquanto servia na corte do rei.
A graça de Deus no cativeiro
Quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos.
Daniel 1:17
Estes jovens valorosos permaneceram fiéis a Deus, no entanto não foram suas boas ações que fizeram com que Deus os abençoasse. Ao longo de todo capitulo 1 vemos que Deus dá. Dá livremente, pela sua graça, bondade e misericórdia.
No entanto, apesar de não serem abençoados pelas suas ações, estes jovens se demonstraram servos fiéis, jovens em quem Deus poderia confiar para demonstrar a Sua glória ao rei de Babilônia.
Deus concede suas bênçãos livremente, mas quando nossa resposta a estas bênçãos é através da confiança e obediência à Sua vontade, podemos ser um canal de benção ainda maior nas mãos de Deus.
Os amigos de Daniel receberam conhecimento e inteligência de Deus, mas Daniel recebeu um dom em especial, o dom de interpretar visões e sonhos que foram fundamentais para o seu ministério.
E Daniel permaneceu até ao primeiro ano do rei Ciro.
Daniel 1:21
O ministério de Daniel em Babilônia não foi importante somente durante o reinado dos reis babilônicos, mas mesmo quando este império caiu, Daniel permaneceu como homem de confiança dos reis do império medo-persa.
Daniel continuou sendo um instrumento nas mãos de Deus e através dele e sua influência, reis, governantes e povos puderam entrar em contato com as palavras do Deus verdadeiro.